sexta-feira, 7 de junho de 2013

Opinião: O Resgate do Tigre (Saga do Tigre #2)

Título original: Tiger's Quest (2011)
Autores: Colleen Houck
Tradução: Raquel Lopes
ISBN: 9789720044341
Editora: Porto Editora (2013)

Sinopse:

Kelsey Hayes jamais poderia imaginar que as férias de verão dos seus dezoito anos lhe trariam experiências tão arrebatadoras. Depois de ter descoberto que Ren, o tigre branco a que tanto se afeiçoara no circo onde trabalhou, era um príncipe indiano e de o ter acompanhado à sua terra natal para o ajudar a quebrar uma maldição secular, regressa a casa, disposta a começar a faculdadee esquecê-lo. Todavia, depressa percebe que não vai ser fácil e, quando Ren é capturado, Kelsey ver-se-á obrigada a regressar à Índia para completar mais uma tarefa imposta por uma profecia antiga e descobrir uma forma de o salvar. Para isso, precisará da ajuda de Kishan, o irmão de Ren. Serão eles capazes de o resgatar e devolver a Ren a sua humanidade?
Depois de A Maldição do Tigre, O Resgate do Tigre leva mais longe uma saga inesquecível, que já conquistou em todo o mundo os fãs da literatura fantástica.

Opinião:

O Resgate do Tigre é a continuação do livro A Maldição Tigre. Depois de, no primeiro volume, ter ficado deslumbrada com as descrições referente à Índia e entusiasmada com as muitas aventuras que foram vividas, foi com expetativa que iniciei a leitura deste volume.

Ao início, existe um regresso aos Estados Unidos da América e a primeira coisa em que reparei foi no aumento do teor romântico na narrativa. Enquanto no primeiro existiam uma série de sentimentos contraditórios por parte de Kelsey, a protagonista, agora está tudo mais evidente. Como tal, a trama tornou-se muito direcionada para as questões do coração, tornando-se, em certos momentos, demasiado "lamechas" e aborrecida. O aumento do número de pretendentes da heroína pareceu-me exagerado e até despropositado.

Contudo, as aventuras logo regressam e somos, novamente, transportados para a mística Índia. As descrições voltam a encantar para além de que recebemos mais informações sobre a profecia que atormenta as vidas de Ren e Kishan. A exploração de lendas e mitos tanto da Índia como de outras partes do mundo são grandes atrativos. Gostei de ver como certos elementos tidos como imaginários entraram na trama, de uma forma natural e apelativa.

As circunstâncias da ação levam Kelsey a aproximar-se mais de Kishan. E se a primeira perde um pouco do interesse que suscitava no primeiro volume, o segundo revela-se uma personagem mais completa e cativante. Gostei da forma como este príncipe indiano começou a ultrapassar as suas fraquezas e de como ele disfarçava a tristeza e angústia. Se no primeiro volume a autora levou as leitoras a ficarem rendidas a Ren, agora é a vez de Kishan mostrar o que tem de melhor. Há aqui uma clara tentativa de dividir opiniões e, apesar de apreciar os dois intervenientes masculinos, a verdade é que preferia que este triângulo não tivesse o peso que está a ter na história.

Outro ponto que também gostei de ver mais explorado, foi o lado do vilão, Lokesh. Existe um aproximar da sua pessoa e intuitos, mas a forma como tal foi feito pode não ter sido a melhor. Afinal, o momento do grande confronto foi apresentado de forma muito breve. De um momento para o outro acontece de tudo e quem lê pode não entender como chegou ali. A autora preferiu explicar como tudo aconteceu num diálogo rápido e que faz perder grande parte da emoção do momento.

No final, surgem ainda mais dúvidas e a tarefa permanece incompleta (o que não é surpresa, afinal a saga é composta por cinco livros). Se me senti presa ao primeiro volume, o mesmo não posso dizer sobre este. Porém, fico na expetativa de ler o próximo livro e de perceber o que mais está aguardado para estas personagens.

Outras opiniões a livros de Colleen Houck:
A Maldição do Tigre (A Saga do Tigre #1)

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