sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Opinião: Os Apóstolos da Fénix

Título original: The Phoenix Apostles (2011)
Autor: Lynn Sholes e Joe Moore
Tradução: Isabel Sequeira
ISBN:  9789721061897

Editora: Publicações Europa-América (2011)

Sinopse:

A jornalista Seneca Hunt está a assistir à abertura do túmulo de Montez na Cidade do México quando a equipa de escavação, chefiada pelo seu noivo, descobre que os restos mortais do imperador desapareceram. Poucos minutos depois, todos os que ali estão são mortos - com excepção de Seneca, que escapa à carnificina por um triz.
Decidida a descobrir quem está por detrás das mortes, Seneca junta-se ao romancista Matt Everhart. Juntos, eles fazem a arrepiante descoberta que alguém está a roubar restos mortais dos mais famosos assassinos em massa da história - enquanto seguem um trilho letal que vai recuar até à morte de Jesus Cristo.

Opinião:

Autores de policias com livros publicados em 24 línguas, Lynn Sholes e Joe Moore apresentam o primeiro livro de uma saga que junta o thriller com o mistério do sobrenatural. Os Apóstolos da Fénix é protagonizado por Seneca Hunt, uma jornalista que se depara no meio de uma conspiração antiga.

Esta é uma trama cativante que vai buscar inspiração à religião, mitologia e história. A ação é constante e faz com que a leitura avance a um bom ritmo, sem espaço para momentos aborrecidos. O leitor viaja entre a América e a Europa, fica a conhecer algumas teorias da conspiração atuais, assim como algumas personagens que marcaram o seu tempo pela crueldade dos seus atos.

As personagens estão bem conseguidas, mas o destaque não vai para Seneca, a protagonista da obra, mas sim para Billy Groves, um cowboy atormentado e possuidor de uma boa história de vida e redenção, que poderia ter sido melhor explorado. As descrições dos espaços está bem conseguida, na medida em que o leitor consegue sentir o frio e escuridão das catacumbas de Paris, até ao calor abrasador da Isla de Sangre.

Contudo, tudo parece ser demasiado fácil para os heróis, enquanto ações simples tomadas pelos vilões nunca são bem sucedidas, o que faz com que tudo corra para um inevitável desfecho. Teria sido agradável ter assistido a um maior grau de dificuldade na tarefa dos heróis, assim como teria sido mais emocionante ver nos vilões obstáculos mais realistas.

A mistura entre policial e sobrenatural foi bem conseguida e torna-se no factor mais cativante da obra. Os autores entrelaçam conceitos do Cristianismo e da mitologia dos Astecas com temores bem atuais relacionados com a mortalidade e o fim do mundo tal como o conhecemos. Esta junção está bem conseguida e é refrescante.

Os Apóstolos da Fénix é uma leitura bem agradável que agarra e faz crescer a curiosidade sobre estes dois autores.

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