segunda-feira, 8 de abril de 2013

Opinião: Leviatã (Leviatã #1)

Título original: Leviathan (2009)
Autor: Scott Westerfeld
Tradução: Raquel Dutra Lopes
ISBN: 9789896681074
Editora: Vogais & Companhia (2011)

Sinopse:

É o início da I Guerra Mundial, mas num mundo alternativo de que nunca ouviste falar. Os Germânicos lutam com máquinas de ferro a vapor carregadas de armas. Os Britânicos lutam com bestas darwinistas resultantes do cruzamento de vários animais. Alek é um príncipe germânico em fuga. A única máquina de guerra que possui é um Marchador, com uma tripulação que lhe é leal. Deryn é do povo, uma britânica disfarçada de rapaz que se alista para lutar pela sua causa - enquanto tem de proteger o seu segredo a todo o custo. No decorrer da guerra, os caminhos de Alek e Deryn acabam por se cruzar a bordo do Leviatã, uma baleia-dirigível e o animal mais imponente das forças britânicas. São inimigos com tudo a perder, mas na verdade estão destinados a viver juntos uma aventura que vai mudar a vida de ambos para sempre.

Opinião:

Enquadrado no género steampunk, Leviatã é passado numa realidade alternativa, no inicio do século XX. A trama apresenta tecnologia e evoluções científicas avançadas e inexistentes no tempo em que a acção se desenrola, tais como grandes máquinas de guerra e transporte movidas a vapor, que estão na posse dos germânicos e animais manipulados segundo teorias de Darwin acerca da evolução das espécies pelos britânicos.

O leitor acompanha as duas personagens principais. Por um lado existe Aleksandar, filho de Francisco Fernando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro e de Sofia Chotek. Quando os seus pais são assassinados por revolucionários sérvios, Alek foge com os seus leais servidores e parte num Marchador para um refúgio secreto. Entretanto, em Inglaterra, Deryn Sharp, uma plebeia, disfarça-se de rapaz de forma a entrar na Força Aérea, onde demonstra ter um talento natural para as funções que lhe são concedidas. Estes dois jovens de origens completamente distintas fornecem a sua visão sobre o início da I Guerra Mundial, juntamente com as suas motivações, desejos e receios.
(Exemplos da ilustração)

Esta é uma série destinada a uma faixa etária jovem, mas não deixa de encantar os mais velhos. O autor apresenta um mundo bastante curioso, recheado de criaturas novas, conseguidas através do estudo dos “fios de vida” que permitem aumentar as potencialidades de cada espécie, ou congregá-las em novos seres. As máquinas já não surpreendem tanto, uma vez que se tratam de um tema mais banal a quem está acostumado a este tipo de leitura.

É uma história bastante simples de acompanhar e o próprio exercício da imaginação é auxiliado através das belas ilustrações de Keith Thompson que são, sem qualquer dúvida, uma mais-valia. Estas estão presentes em todos os capítulos e fazem com que existam poucas descrições, que poderiam não ser bem aceites pelos leitores mais jovens, sendo, por isso, a escrita centrada na acção.

Não é um livro fascinante, mas a verdade é que revela ser uma leitura bastante agradável, podendo ser o primeiro passo para muitos leitores no género do steampunk, tantas vezes considerado difícil de cativar ou até mesmo de entender, até porque o facto de a trama acontecer num período tão conhecido faz com que exista uma maior ligação. Uma série a acompanhar.


Outras opiniões a livros de Scott Westerfeld:
A Hora Secreta (Midnigthers #1)
No Limiar das Trevas (Midnighters #2)
Meio-Dia Azul (Midnighters #3)
Imperfeitos (Uglies #1)

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