sábado, 15 de junho de 2013

Opinião: Maze Runner – Provas de Fogo (Maze Runner #2)



Título original: The Scorch Trials (2010)
Autor: James Dashner
Tradução: Marta Mendonça
ISBN: 9789722350815
Editora: Editorial Presença (2013)

Sinopse:

Atravessar o Labirinto devia ter sido o fim. Acabar-se-iam os enigmas, as variáveis e a fuga desesperada. Thomas tinha a certeza de que, se conseguissem fugir, ele e os Clareirenses teriam as suas vidas de volta. Mas ninguém sabia realmente para que tipo de vida iriam regressar... Lá fora, ao invés da liberdade, encontram mais uma prova. Agora têm de atravessar a Terra Queimada, uma região desértica e ameaçadora, onde os Crankos, pessoas cobertas de feridas e infetadas por uma misteriosa doença chamada Fulgor, vagueiam pelas cidades devastadas à procura da próxima vítima. À medida que Thomas vai recuperando algumas memórias confusas do passado, não pode deixar de se perguntar: saberá ele de alguma forma o segredo para a liberdade, ou ficará para sempre à mercê da CRUEL?

Opinião:

Maze Runner – Provas de Fogo segue os acontecimentos de Maze Runner – Correr ou Morrer. Depois de terem conseguido sair do Labirinto, os Clareirenses acreditam ter alcançado um lugar onde a paz é possível, mas enganam-se.

Este grupo de jovens rapazes acaba por deparar-se com um local onde a realidade e a ilusão se confundem e percebe que o pior ainda não passou. Afinal, ainda existem mais provas arriscadas a serem ultrapassadas.

Se no primeiro volume Thomas, a personagem principal, não cativou completamente, agora esta situação muda um pouco. Este rapaz torna-se cada vez mais misterioso, até para ele próprio. Afinal, as poucas memórias que consegue recuperar da vida anterior ao Labirinto criam uma crescente curiosidade sobre a finalidade de todas as provações que tanto ele como os outros rapazes têm de ultrapassar.

Thomas torna-se uma personagem em crescente conflito interno, e isso reflete-se na sua relação com os outros. Pequenas pistas sobre o papel deste rapaz nas provas torna a leitura mais aliciante e esta personagem mais humana e menos carregada de perfeições.

A narrativa é intensa e embala para uma leitura frenética. James Dashner volta a dar provas que sabe construir enredos cativantes, não se coibindo de fornecer momentos de grande tensão. Se no primeiro volume da saga o leitor ficou amedrontado com os Magoadores do Labirinto, então vai ficar ainda mais surpreendido com os terrores da Terra Queimada. O autor explora o conceito de epidemia global que pode causar o extermínio da sociedade e ainda as consequências da poluição e da degradação da camada do ozono.

Os capítulos continuam a ser curtos e fáceis de ler. Terminam sempre de forma emocionante, impelindo o leitor a prosseguir com a leitura, mesmo depois de ter decidido parar. A criação de novos termos de calão foi uma ideia engraçada, que não só gera momentos mais leves como ainda faz pensar na evolução da língua.

Contudo, o facto de existirem poucas respostas acaba por ser um pouco frustrante. Trata-se do segundo livro da saga e o leitor quer perceber o objetivo destas provas mortais que colocam jovens em risco de vida, quer saber o que aconteceu ao mundo e à humanidade, o que é na realidade a CRUEL e ainda perceber, de uma vez por todas, a importância do papel de Thomas.

No final, fica a vontade de pegar logo no próximo volume, de forma a obter as respostas tão ansiadas. Maze Runner –Provas de Fogo, vai ser bastante apreciado por quem gostou do estilo de narrativa e pelo mundo distópico apresentado no primeiro volume da saga.


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